A autarquia de Nova Iorque despediu 1.430 funcionários que se recusaram a ser vacinados contra a Covid-19, depois de terem esgotado todos os prazos para o fazerem, revelam dados disponibilizados pelas autoridades locais.
Os funcionários em causa são uma pequena parte – menos de 1% – da enorme força de trabalho municipal de 370.000 trabalhadores, que fazem da autarquia o principal empregador do estado de Nova Iorque.
Uma parte importante (914) das pessoas despedidas pertence ao Departamento de Educação, que gere as escolas públicas de Nova Iorque, locais onde ainda vigora o uso obrigatório de máscara, medida já levantada na cidade para os restantes ambientes fechados desde a semana passada.
A autarquia impôs a vacinação a todos os trabalhadores em 21 de julho, e deu uma moratória (sem emprego nem salário) a quem não se vacinasse. Esta moratória foi alargada em várias ocasiões, até que expirou na passada sexta-feira.
Paralelamente, o presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, renovou o incentivo de 100 dólares atribuído a todos os cidadãos – funcionários municipais ou não – que tomem a dose de reforço da vacina, incentivo instituído pelo seu antecessor, Bill de Blasio, e que esteve em vigor até ao final do ano passado.
Nova Iorque tem uma das taxas de vacinação contra a Covid-19 mais altas de todo o país, com 95% dos adultos a terem pelo menos uma dose da vacina, o que não impediu picos de contágio da variante Ómicron do novo coronavírus durante a época natalícia, com 85.000 novos casos num só dia.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.813.329 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.