Os estivadores do porto de Lisboa vão avançar para uma “greve total” nas últimas três semanas de março, disse à Renascença o presidente do Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL), António Mariano.
A decisão foi tomada esta sexta-feira num plenário de trabalhadores, depois da insolvência anunciada pela Associação de Empresas de Trabalho Portuário.
“Os estivadores de Lisboa decidiram a continuação da greve que está em curso, que terminaria a 9 de março, avançar para três semanas de 9 a 30 de março de greve total no porto de Lisboa, para todas as empresas”, afirma o sindicalista António Mariano.
Os estivadores estão a realizar uma greve parcial, contra o "incumprimento dos acordos assinados, o não pagamento atempado dos salários, a apresentação de propostas inaceitáveis aos trabalhadores e os sucessivos desvios de cargas para outras portos nacionais".
De acordo com o sindicato, a greve em curso tem uma adesão de 100%.
A Associação de Empresas de Trabalho Portuário de Lisboa (A-ETPL), empresa de cedência de mão-de-obra às sete empresas de estiva do Porto de Lisboa, vai pedir a insolvência devido à situação financeira em que se encontra.
"A A-ETPL, reunida em assembleia geral, decidiu pedir a insolvência da associação, face à situação financeira em que esta se encontra, e face à impossibilidade de encontrar soluções para a sua viabilização com o sindicato representante dos trabalhadores", refere um comunicado divulgado na quinta-feira.