A falta de professores também já está a pressionar os colégios, que se defendem com o aumento da carga horária dos docentes. Entre as disciplinas mais críticas estão a matemática, físico química, informática e inglês.
A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) pede, por isso, ao Governo medidas imediatas.
Neste contexto, o diretor executivo da AEEP avança à Renascença que ainda, esta segunda-feira, vai seguir para o Ministério da Educação um pedido urgente de reunião.
Rodrigo Queiroz e Melo defende que é possível avançar já com soluções e refere que foi com “alguma surpresa” que ouviu “as notícias do Governo a anunciar que qualquer resolução deste problema teria que ser na próxima legislatura”.
“Se há questões de fundo, que admitimos que não é agora o momento para as lançar, há medidas muito imediatas que não têm qualquer custo financeiro que poderiam ser resolvidas já, nomeadamente ser emitida uma portaria da habilitação própria”, defende Rodrigo Queiroz e Melo, acrescentando que “ainda hoje deve seguir o pedido de reunião urgente”.
Segundo o diretor executivo da AEEP, "esta portaria é pré-Bolonha e, portanto, um licenciado em matemática, agora, não pode lecionar matemática no ensino secundário, sendo que aqui, a única questão é que se licenciou no pós-Bolonha”.
“É uma portaria muito simples e que permitiria recrutar aqui mais uns milhares de professores que não são via de ensino”, conclui Rodrigo Queiroz e Melo.