A secretária executiva das Nações Unidas para a Mudança do Clima alertou este domingo que os impactos das alterações climáticas “nunca foram tão graves” e devem levar a comunidade internacional a “fazer muito mais” para contrariar a situação.
No primeiro dia da 24.ª conferência da ONU para o clima (COP24), a decorrer na cidade polaca de Katowice, Patrícia Espinosa estimou que este ano seja “um dos quatro mais quentes alguma vez registados”.
“As concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera estão num nível elevado e as emissões continuam a subir”, acrescentou a responsável, sublinhando que os "impactos da mudança climática nunca foram tão grandes, e essa realidade diz que se precisa fazer muito mais e a COP24 deve tornar isso possível".
As alterações estão a atingir “comunidades em todo o planeta” e as "vitimas, destruição e sofrimento” estão a “tornar o trabalho mais urgente”, disse.
O presidente da COP24, Michal Kurtyka, instou, por seu lado, a comunidade internacional a “imbuir de vida e conteúdo” o Acordo de Paris de 2015 para limitar a dois graus centígrados o aquecimento global.
Numa conferência de imprensa, no primeiro dia da cimeira que reúne cerca de 30 mil pessoas de 197 dias, Kurtyka argumentou sobre a importância da reunião na Polónia porque irá definir e articular o acordado em Paris.
"Não devemos esquecer as razões pelas quais aqui estamos. Estamos para articular a ação global contra a alteração climática. Nenhum governo sozinho pode resolver este problema. É altura de imbuir de vida e conteúdo ao Acordo de Paris”, defendeu.
A COP24 decorre até ao próximo dia 14.