A cidade de Severodonetsk será separada do resto da Ucrânia se a Rússia destruir a última ponte que resta, avisa o governador regional, Serhiy Haidai.
Na cidade-chave da região de Donbass, a batalha prossegue com lutas intensas por, “literalmente, cada metro” de terreno, avança, por seu lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Kiev diz que suas forças foram “empurradas para fora do centro da cidade”, devido a uma vantagem significativa na artilharia do inimigo.
Segundo Zelensky, o país já foi atingido por mais de 2.600 mísseis desde o início da guerra. O Presidente pede, por isso, ao Ocidente, que forneça sistemas modernos de defesa antimísseis à Ucrânia.
Rendição ou morte
As tropas ucranianas que permanecem em Severodonetsk devem “render-se ou morrer. Não há outra opção”, avisou um representante militar da autoproclamada República Popular de Donetsk.
Numa comunicação à comunicação social, Eduard Basurin disse que as forças ucranianas não poderão deixar a cidade e anunciou que a última ponte que a liga à cidade vizinha de Lysychansk já foi destruída.
"As divisões ucranianas que existem, existem para sempre", defendeu.
Não foi ainda possível verificar se a ponte já foi destruída.
Há semanas, que Severodonetsk é o alvo principal dos bombardeamentos russos na Ucrânia. Os relatórios conhecidos sugerem que cerca de 70% da cidade está sob controlo russo, com as forças ucranianas “empurradas” do centro da cidade durante o fim de semana.
A captura das duas “cidades gémeas” daria à Rússia o controlo de toda a região de Luhansk, um importante foco industrial. Muitas partes desta região já são controladas por separatistas apoiados por Moscovo.
No domingo, os russos destruíram a segunda das três pontes para a cidade. O objetivo é agora destruir a última, para separar Severodonetsk do resto da Ucrânia.