As moções de rejeição ao programa do Governo de Luís Montenegro, apresentadas por Bloco de Esquerda e PCP foram rejeitadas esta sexta-feira no Parlamento.
Os partidos à esquerda votaram a favor: PCP, Bloco de Esquerda, Livre e PAN (na moção do PCP).
À direita votou-se contra: PSD, Chega, IL, CDS.
E o PS cumpriu aquilo que prometeu, abster-se. O PAN também se absteve na moção do BE.
Esquerda lamenta postura do PS e promete pulso forte à AD
"Ficou claro quem é que rejeita, e quem é que é permissivo e acata pacificamente estas políticas, podem fazer voz grossa se quiserem", criticou Paula Santos, líder parlamentar do PCP no final das votações, numa flecha à bancada do PS.
Já o Bloco de Esquerda, lamenta que não haja "nada de inovador ou moderno" neste programa de governo. "É uma cassete repetida", atira Mariana Mortágua referindo-se à redução de impostos prometida pela AD.
Rejeitadas que estão as moções de rejeição ao programa de governo, o documento é viabilizado e terá de ser executado durante os quatro anos e meio de legislatura. Isto não significa que o executivo de Montenegro consiga executar todas as medidas que inscreveu no programa. Para isso terá de aprovar vários Orçamentos do Estado e a oposição já avisou que isso será mais difícil.
O primeiro-ministro ainda regressa ao Parlamento, esta tarde, para o debate de preparação para o Conselho Europeu.