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A CDU termina esta primeira semana de campanha nitidamente à procura de uma segunda "Geringonça". Jerónimo de Sousa tem repetido diversas vezes que não quer "deixar o PS de mãos livres", porque isso significaria "andar para trás", entenda-se, para os tempos em que a governação alternava entre PS e PSD/CDS.
Mas este domingo, no Teatro Garcia de Resende, em Évora, Jerónimo de Sousa deixou bem claro estar disponível para continuar a participar numa solução governativa.
"É ver como se vem agitando o fantasma da instabilidade governativa, deitando mão ao que na casa do país vizinho se passa, para insinuar a necessidade de uma maioria absoluta. A quem agita tal fantasma, nós poderíamos perguntar. Faltou estabilidade nestes últimos quatro anos de avanços na vida dos trabalhadores e do povo? Não faltou!", afirmou o líder comunista.
Já antes, perante cerca de 600 pessoas que marcaram presença num almoço comicio em Alpiarça, Jerónimo de Sousa explicava que muitas vezes tiveram de insistir com o PS para conseguir levar avante algumas medidas e que acabaram por ser bem sucedidos.
"Estão ou não de acordo connosco, se fizemos bem em não perder nenhuma oportunidade para aumentar reformas e pensões, para a reposição de rendimentos e direitos desde o subsidio de natal, aos feriados, condições de apoio", questionou.
A CDU "põe-se" a jeito para continuar a fazer parte de uma solução governativa e pede continuamente um reforço do resultado eleitoral. "Estas eleições não são para eleger um primeiro-ministro, mas sim deputados", argumenta inúmeras vezes o secretário-geral do PCP.
A uma semana das eleições, os comunistas mostram-se animados. "A CDU está a crescer, a CDU está reforçar-se", garante Jerónimo de Sousa.