Durão Barroso vai deixar de ser recebido em Bruxelas como ex-presidente da Comissão Europeia – a instituição passa a considerá-lo representante de interesses privados. É o que revela o jornal britânico “Financial Times”, que teve acesso a uma carta de Jean-Claude Juncker dirigida à Provedora de Justiça Europeia. O antigo Primeiro-ministro português perderá, assim, o direito aos privilégios concedidos a ex-presidentes da Comissão. Em causa está o novo cargo de Barroso no Goldman Sachs. A posição levanta dúvidas ao executivo comunitário. O “Financial Times” escreve que Juncker vai examinar o contrato do antecessor com o banco norte-americano de investimento. De resto, toda a imprensa portuguesa tem estado a destacar esta notícia do jornal britânico.
Por cá, o diário online “Observador” fala do “Balanço do estado da União Europeia e do congelamento de fundos na agenda do Parlamento Europeu”. Esta instituição inicia hoje uma sessão plenária marcada pelo discurso, na próxima quarta-feira, do presidente da Comissão Europeia, sobre o estado da União. Juncker discursa em Estrasburgo dois dias antes de se reunir, em Bratislava, informalmente com 27 líderes da União (com o Reino Unido a ficar de fora depois do referendo de Junho que ditou a saída da União Europeia). Em cima da mesa vai estar um debate sobre o futuro.
A Lusa fala do PS, que defende a criação de Passaporte Europeu para a Mobilidade. A ideia passa por promover o intercâmbio profissional dos jovens dos vários Estados-membros e foi defendida este domingo pela vice-presidente do grupo parlamentar socialista, Luísa Salgueiro. Se for aprovado, permitirá aos jovens, a partir dos 15 anos, terem acesso “imediato a vários projectos europeus no âmbito do voluntariado e apoio ao emprego, aproximando-os do projecto europeu”. A ideia vai ser apresentada hoje e amanhã na conferência de líderes socialistas a decorrer em Paris. Uma reunião que antecede a Cimeira Europeia de Bratislava, na Eslováquia.
Ainda por cá, a agência Lusa diz que o programa “Portugal 2020” aprovou 13% dos dois mil milhões de fundos para municípios, ou seja, algo a rondar os 260 milhões de euros. O novo quadro comunitário deu luz verde a 332 projectos. Cerca de 113 milhões englobam infra-estruturas de ensino básico, equipamentos de saúde e património natural e cultural.
Lá por fora, a Deutsche Welle destaca o facto de “Tsipras ter declarado a dívida grega um “problema europeu”. O Chefe do Governo grego responsabiliza as discordâncias entre o FMI e a União Europeia pelo atraso na recuperação do país, enquanto o Fundo Monetário Internacional questiona se a dívida grega é sustentável e faz depender disso a participação num terceiro programa internacional de resgate, para o qual Atenas se inscreveu em meados de 2015. A Grécia tem actualmente a maior dívida da zona do euro, excedendo 170% do PIB. Também o jornal brasileiro “O Globo” destaca as reticências do FMI e as declarações de Tsipras.