A presidente do CDS-PP defende que é preciso saber se o ministro da Segurança Social recebeu denúncias sobre a associação Raríssimas e se agiu em conformidade ou se "foi conivente".
"Temos de perceber em que medida o ministério estava ou não estava atento, recebeu ou não recebeu denúncias, actuou em conformidade com essas denúncias, ou simplesmente não actuou e foi conivente com aquela actuação", defendeu Assunção Cristas.
A líder centrista disse não gostar de "julgar antecipadamente pessoas", mas considerou que "há esclarecimentos que têm de ser prestados e há um muito simples": "Recebeu ou não recebeu no ministério denúncias sobre estas situações e mandou investigar ou não?"
Assunção Cristas referia-se a alegadas denúncias sobre a gestão da Associação Raríssimas, da qual o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, foi presidente da Assembleia-geral entre 2013 e 2015.
Vieira da Silva já negou ter tido conhecimento de denúncias de gestão danosa da associação Raríssimas e anunciou uma acção de inspecção à entidade.
Já hoje a comissão de Trabalho e Segurança Social aprovou por unanimidade um requerimento do PS para que o ministro Vieira da Silva preste esclarecimentos sobre o caso relativo a suspeitas de gestão danosa na associação Raríssimas. O requerimento foi aprovado por unanimidade na reunião daquela comissão parlamentar, faltando agendar uma data para a audição do ministro.