A presidente do Banco Central Europeu (BCE) defendeu esta quinta-feira que os apoios às famílias face à crise energética na União Europeia (UE) devem ser retirados à medida que os preços da energia forem descendo.
O aviso foi deixado por Christine Lagarde aos governos da Zona Euro após o BCE ter decidido subir as taxas de juro em 50 pontos base, apesar da atual turbulência na banca.
Para a chefe do BCE, manter estas medidas de apoio em vigor é alimentar a inflação.
“À medida que os preços da energia caem e os riscos sobre o fornecimento recuam, é importante que comecem a ser retirados estes apoios, de forma imediata e concertada", defende Lagarde. "As medidas que se desviem destas orientações deverão aumentar a pressão sobre a inflação de médio prazo, o que irá obrigar a respostas de política monetária mais fortes.”
A presidente do BCE pede ainda aos países da Zona Euro que acelerem as suas reformas, de forma a apoiar a descida da inflação.
Sobre o aumento das taxas de juro em 50 pontos base, defende que foi uma decisão “robusta e necessária”, apesar de não ter sido unânime, mas sim aprovada por “larga maioria”.
Em comunicado, o BCE garante que está atento aos mercados, embora defenda que a falência do Silicon Valley Bank e do Signature Bank está circunscrita aos Estados Unidos.