O Partido Comunista Português vai votar contra o Orçamento Suplementar, depois de uma abstenção na votação na generalidade. O anúncio foi feito há minutos em conferência de imprensa, no Parlamento, pela voz do deputado e líder parlamentar João Oliveira.
João Oliveira, líder parlamentar, explicou há instantes em conferência de imprensa no parlamento, que o balanço que o partido faz é negativo, "inclinado para o lado dos interesses do grande capital", e considerou que "não chega para dar as respostas necessárias" aos trabalhadores perante a pandemia de Covid-19.
Acrescentou que este posicionamento diz respeito apenas ao orçamento suplementar e não a outros futuros, mas também fez questão de sublinhar que há neste processo orçamental uma "clara convergência entre PS e PSD", com sentidos de voto que mudaram "da manhã para a tarde".
Questionado sobre se notou diferença na abertura a propostas de alteração do partido, João Oliveira confirma que o PCP nota que não houve da parte do Governo a mesma preocupação em relação a orçamentos anteriores, mas do lado dos comunistas, o empenho foi o mesmo.
É a primeira vez nos últimos quatros anos que o PCP vota contra um orçamento do Partido Socialista.
Em meados de junho, o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, ainda admitia viabilizar o documento.