Com o aumento dos casos de Covid-19, os centros de saúde estão a voltar a encher. O início de semana tem sido complicado para muitas unidades, como a de Saúde Familiar das Camélias, em Vila Nova de Gaia, onde os utentes se queixam do tempo de espera.
Na terça-feira à tarde, a agitação parecia ter acalmado, mas Maria Prado, segurança no centro de saúde das Camélias, diz à Renascença que o dia foi muito atribulado.
“Se viesse de manhã, não passava da porta. Era pessoas com Covid, baixas, pessoas aleijadas, tudo”, relata.
Além da normal afluência, a Linha Saúde 24 tem reencaminhado muitos doentes para os centros de saúde, o que não tem ajudado os profissionais que lá trabalham, já sem capacidade de resposta.
Acresce a procura pela realização de testes à Covid-19, ainda que este centro de saúde não os faça, a não ser que a pessoa tenha sintomas e tenha tido primeiro uma consulta.
É este o panorama na Unidade de Saúde Familiar das Camélias, em Vila Nova de Gaia. Num cenário de enorme afluência, provocado pela COVID, que tem afetado outros centros de saúde no país.
Nesta altura, é predominante no país a linhagem BA.5 da variante Ómicron, segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). O Norte tem sido a região mais fustigada com o aumento do número de doentes infetados, estando o Centro Hospitalar Universitário São João, no Porto, a ponderar ativar o nível 3 do plano de contingência para a Covid-19.
A afluência às Urgências tem batido recordes, com muitos doentes a sentires dificuldades respiratórios ou mesmo a quererem realizar testes.