O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, declarou o estado de emergência no país durante o mês de abril, impondo limitações na circulação interna e nas entradas pelas fronteiras, entre outras medidas de prevenção da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
O Chefe de Estado deu conta das várias medidas a aplicar, entre elas, "limitar a circulação interna de pessoas em qualquer parte do território nacional".
"Eu disse limitar", frisou, sublinhando mais tarde que as medidas se situam num "nível 3" de restrições, abaixo do "nível 4" já em vigor noutros países, como por exemplo, o recolher obrigatório em curso desde sexta-feira na África do Sul.
A declaração não entra em detalhes sobre como se vai processar a limitação à circulação, referindo Filipe Nyusi que o Governo, através do Conselho de Ministros, anunciará mais pormenores.
A declaração do estado de emergência, que ainda terá de ser aprovada pelo Parlamento, inclui a proibição de todo o tipo de eventos públicos ou privados, "exceto questões inadiáveis do Estado" e o encerramento de estabelecimentos comerciais de diversão ou equiparados ou, quando aplicável, a sua redução de atividade.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
De acordo com o Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (CDC África), já morreram pelo menos 152 pessoas e 4.871 pessoas ficaram infetadas no continente.