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O Presidente da República avisa que o caso Galamba é sensível e deve ser tratado com discrição, pelo que só assumirá uma posição no momento certo.
Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, para já, é tempo de tratar do caso com absoluta discrição.
"Matérias muito sensíveis de Estado são discretas, são dossiers tratados discretamente. Noutros tempos quando havia desvalorizações ou revalorizações de escudo era discreto. Os antecedentes de decisões como as respeitantes ao estado de emergência ou à renovação eram discretos. Questões que dizem respeito a dossiers importantes económicos ou políticos ou políticos e económicos, as intervenções são discretas. Por isso, aqui, tratando-se de uma matéria sensível, de relevância nacional, o tratamento tinha de ser discreto", sublinhou.
Questionado sobre quando será conhecida uma resolução sobre este assunto, que garantiu que seria "visível", Marcelo respondeu: "Quando for."
O Presidente da República frisou que, primeiro, ainda quer falar do caso com o primeiro-ministro, embora não tenha revelado quando o fará.
O ministro, a reunião e o computador
Galamba garante que o seu gabinete "nunca quis ocultar existência de quaisquer notas" à CPI, após uma reunião preparatória onde estiveram membros do Governo, da bancada parlamentar do PS e a então CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, dias antes de uma audição da mesma na comissão de economia da Assembleia da República.
O computador, que Frederico Pinheiro tentou recuperar, tinha, sabe a Renascença, informações classificadas sobre o plano de reestruturação da TAP e foi recuperado pelo SIS.
Em conferência de imprensa, este sábado, o ministro indicou que o mesmo é propriedade do Estado e que a natureza das informações contidas no computador levou o governante a contactar o primeiro-ministro e a ministra da Justiça.