Sedes de seis partidos foram, nesta manhã de terça-feira, bloqueados por estudantes do coletivo Greve Climática Estudantil, em mais um protesto em prol do fim ao fóssil até 2030.
Os estudantes impediram as entradas de vários edifícios, com o objetivo de entregar "propostas de planos sobre como os partidos podem garantir perto do fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno de gás em Portugal", informaram em comunicado.
Na sede do PSD, o ativista que travou a entrada apontou que as "instituições não podem continuar a ignorar a crise climática que está condenar" o seu "futuro”.
Segundo o mesmo comunicado, os alunos defendem "ser necessária uma transição justa através de um serviço público de energias renováveis".
"Se algum partido quiser formar governo tem de os respeitar, pois nenhum governo pode ser legítimo se continuar a ignorar a maior crise que a humanidade já enfrentou", afirmou, diz Leonor Chicó, que impediu esta terça-feira a entrada do sede do Bloco de Esquerda.
Os ativistas dizem que a sede do partido Chega não foi bloqueada nem foram deixadas propostas, mas brinquedos para cães. O coletivo refere que o trabalho do partido é "ser os cães de guarda do sistema fóssil". "O fascismo é um sintoma deste sistema e está ao serviço dele, por isso eles estão a ser bons cachorrinhos".
Ainda esta segunda-feira vários estudantes bloquearam Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, utilizando tubos e cola.
Os ativistas do Greve Climática Estudantil têm vindo a informar que dia 24, vão ocupar o ministério do ambiente, numa ação a que chamam “Visita de Estudo”.