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O presidente da União das Misericórdias Portuguesas disse estar disponível para acolher mais doentes. Isto, claro, desde que o Governo crie condições. É a reposta de Manuel Lemos ao apelo da ministra da Saúde, que este domingo pediu o esforço redobrado de lares e unidades de cuidados continuados durante a pandemia de Covid-19.
“Em relação ao apelo da senhora ministra, estou 1000% de acordo. Desde que nos coloquem lá também os profissionais que saibam cuidar das pessoas e os equipamento de proteção individual necessários para que os colaboradores não fiquem, eventualmente, contaminados. Mas, não sou médico, e, portanto, não sei sobre essa matéria. O que sei é que tem que haver organização, tem que haver uma cadeia de comando e as normativas da DGS são para se cumprir. Sou jurista e sobre essa matéria não tenho dúvidas”, garantiu Manuel Lemos.
Durante a apresentação dos mais recentes dados da Covid-19 em Portugal, e face ao aumento da pressão hospitalar, Marta Temido disse que esta medida é fundamental para que os hospitais sejam “reservados para casos greves”.
“Neste momento é necessário fazer um apelo redobrado ao esforço de articulação de toda a nossa estrutura social para que os hospitais sejam, efetivamente, reservados para casos greves e críticos. Para isso, é muito importante prevenir bloqueios à admissão de utentes noutras estruturas e garantir que o movimento de utentes se faz de acordo com aquilo que são as regras de segurança”, explicou a ministra da Saúde.
De acordo com o mais recente boletim da Direção geral da Saúde, Portugal regista mais 29 mortos e 754 novos casos de infeção nas últimas 24 horas. A taxa de infeção diária sobe assim de 6,4 para quase 7,2%. O número de vítimas mortais sobe para 295