Meia hora de jogo com a camisola das quinas: é o apelo de quem viu crescer João Neves, que se estreou em convocatórias da seleção nacional. A chamada “já é um orgulho para todos” em Tavira, cidade onde nasceu o jovem médio do Benfica, mas Osvaldo Severo deixa um pedido.
“O objetivo é sempre chegar e jogar, esperemos que aconteça. Não vai ser fácil, o João ainda é muito novo, tem muito que aprender, continua a crescer, mas pelos menos meia horinha, só para aquecer a camisola”, pede o vice-presidente da casa do Benfica de Tavira, onde o médio começou a formação.
Em entrevista a Bola Branca, Osvaldo Severo recorda a chegada do jovem benfiquista, pela mão do pai, que coordena a casa algarvia.
“Apareceu aqui com cincos anos. Era um miúdo muito tímido, treinou alguns anos aqui antes de ir para Faro, de onde partiu para o Seixal”, começa por contar.
“Já se destacava, principalmente pela sua mentalidade e personalidade. Era um miúdo muito inteligente, que gostava de ter a bola nos pés. Já era muito daquilo que é hoje”, recorda.
Orgulho e admiração em Tavira
Com ou sem estreia pela seleção, João Neves já é a inspiração de todos os jovens tavirenses.
Osvaldo Severo atribui as conquistas do jovem médio a um grande apoio da família, o que lhe permitiu subir até ao nível que demonstra hoje.
“Todos os miúdos querem ser como João. O que ele é hoje partiu de uma base familiar sólida e foi crescendo até ao que é hoje. É um orgulho para nós, tavirenses e casa do Benfica principalmente, vê-lo chegar a este patamar”, diz.
Futuro no Benfica: capitão e salto
A saída para um tubarão europeu parece já ser uma inevitabilidade, até mesmo para quem o sonho sempre foi ver apenas João Neves atuar pela equipa principal.
Depois de se estrear sob a tutela de Roger Schmidt na época passada, em Braga, exibições de destaque frente a Sporting e, por último, FC Porto, colocaram o jovem de 19 anos no radar do selecionador nacional, Roberto Martínez.
O salto parece já uma certeza, mas há um último desejo para João Neves, deixado nestas declarações à Renascença: que envergue a braçadeira de capitão das águias antes de sair.
“Já sabemos que ele vai dar o salto, que infelizmente vai sair do nosso Benfica. Esperemos que fique o máximo tempo possível e que chegue a capitão. Seria um orgulho ver um tavirense, um miúdo formado numa casa do Benfica, ser capitão do nosso clube. Gostávamos que continuasse, que fosse capitão e que nos enchesse de orgulho novamente”, admite.