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Pelo menos 40 empresas, envolvendo 350 postos de trabalho, foram afectadas pelos incêndios de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, estando 20% desses empregos em risco se não forem tomadas medidas, anunciou esta quinta-feira o Governo.
O balanço provisório dos prejuízos causados pelos incêndios na região Centro foi apresentado pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Marques, no parlamento, durante um debate pedido pelo PSD sobre a resposta dada aos fogos que fizeram 64 mortos e mais de 250 feridos.
O ministro disse ainda que foram identificadas 500 casas, total ou parcialmente destruídas, 20% das quais são de primeira habitação.
Os trabalhos de levantamento dos prejuízos terminam na sexta-feira, 30 de Junho, devendo o executivo divulgar um relatório a partir dessa data.
Por outro lado, o Governo defende que "é necessário um apoio aos rendimentos das famílias" na fase em que as empresas onde trabalham estiverem sem funcionar.
Nesta fase do debate, o deputado do PCP João Ramos questionou o ministro sobre o tipo de apoios do Estado às pessoas afectadas, incluindo da Comissão Europeia através do Programa 2020.
Pedro Marques respondeu que o Governo está a trabalhar com a comissão para "se criarem condições excepcionais de apoio à reposição da actividade económica".
Bruxelas, segundo disse, tem abertura para mudar o tipo de aplicação de fundos, por regra destinados ao "apoio à inovação".
O incêndio que deflagrou há 12 dias, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.