O atentado que fez 137 mortos e dezenas de feridos em Moscovo foi realizado por radicais islâmicos, mas o tiroteio enquadra-se numa campanha mais ampla de intimidação por parte da Ucrânia, disse esta segunda-feira o Presidente russo, Vladimir Putin.
“Esta atrocidade pode ser apenas um elo numa série de tentativas daqueles que estão em guerra com o nosso país desde 2014 pelas mãos do regime neonazi de Kiev”, disse Putin.
Os "cérebros" do ataque “esperavam semear o pânico e a discórdia na nossa sociedade, mas encontraram unidade e determinação para resistir a este mal”, declarou o Presidente russo.
O atentado da passada sexta-feira, contra a sala de espetáculos Crocus City, foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
Os suspeitos são naturais do Tajiquistão, uma antiga república da União Soviética. As autoridades turcas revelaram esta segunda-feira que os quatro homens passaram pelo país, para renovar o visto de residência na Rússia.
De acordo com a mesma fonte citada pela agência Reuters, a radicalização destes terroristas não aconteceu na Turquia e não tinham qualquer mandado de captura.
Como não constavam nas bases de dados de suspeitos, os terroristas de Moscovo podiam viajar entre a Turquia e a Rússia.
A mesma fonte oficial turca refere que os suspeitos viviam em Moscovo há muito tempo.
Dois atiradores viajaram no mesmo voo entre a Turquia e Moscovo, no dia 2 de março deste ano, revela a fonte oficial turca à agência Reuters.
[em atualização]