Se Portugal terminar o ano com a economia a crescer 2,5%, como prevê o FMI, esse será "o maior crescimento" do país "desde a adesão ao euro", afirma o primeiro-ministro, António Costa.
"A verdade é que nós tivemos um 1.º trimestre" em que "crescemos 2,3%" e "temos um 2.º trimestre" em que "iremos crescer, seguramente, próximo dos 3%", disse António Costa, durante uma visita a uma herdade no concelho de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja.
O chefe do Governo considera que o FMI vem reconhecer que a economia portuguesa tem “tido uma evolução que poucos acreditavam, há cerca de um ano, que tivesse sido possível".
Segundo António Costa, o crescimento da economia nacional "tem sido acompanhado de dois factores da maior importância".
"Em 1.º lugar, a continuada redução do desemprego e os números também hoje conhecidos de que a taxa de desemprego em Abril já foi de 9,5%", indicou, argumentando que o país tem "de prosseguir esta trajectória para consolidar" os números nesta matéria.
O outro factor, que "é o decisivo para o futuro da economia nacional", segundo o chefe do Governo, "é a confirmação", que chegou na quinta-feira, "de que a confiança dos agentes económicos" e "o clima económico em Portugal têm vindo a atingir máximos" como o país não tinha "há muitos anos".
Em comunicado divulgado esta sexta-feira, após uma missão de duas semanas a Lisboa, o FMI manifestou estar mais optimista em relação a Portugal, prevendo que a economia cresça 2,5% este ano e que a meta do défice de 1,5% seja cumprida.
"As projecções de curto prazo de Portugal melhoraram de forma considerável, suportadas por uma recuperação no investimento e um crescimento contínuo das exportações, ao mesmo tempo que a recuperação na zona euro ganhou força", observou o FMI.
Esta previsão do FMI é uma revisão em alta de um ponto percentual face aos 1,5% estimados em Abril, quando divulgou o 'World Economic Outlook', mostrando-se assim também mais optimista do que o Governo, que prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8%.