Não haverá cessar-fogo na Faixa de Gaza sem libertação de reféns. Quando passa um mês do conflito Israel - Hamas, o primeiro-ministro israelita não poderia ser mais claro.
Em entrevista à ABC News, Benjamin Netanyahu admite que, no final do conflito, Israel poderá assumir a responsabilidade pela segurança de Gaza, mas insiste que, por agora, rejeita um cessar-fogo sem contrapartidas.
“Não haverá um cessar-fogo geral em Gaza sem a libertação dos nossos reféns. Pausas aqui e ali já as estivemos antes, vamos verificar as circunstâncias para permitir a entrada de bens humanitários ou para deixar os nossos reféns saírem de Gaza, mas não creio que haja um cessar-fogo geral”, disse.
Para o primeiro-ministro israelita um eventual cessar-fogo só “vai prejudicar o esforço de guerra”.
“Vai dificultar os nossos esforços para libertar os nossos reféns, porque a única coisa que funciona para estes criminosos do Hamas é a pressão militar que exercemos”, defendeu.
As chamadas “pausas táticas” foram um dos assuntos abordados numa conversa telefónica entre o Presidente dos Estados Unidos e o primeiro-ministro de Israel. As pausas teriam como objetivo permitir aos civis abandonar em segurança as zonas de combate e garantir que conseguem aceder a ajuda humanitária.
De acordo com as autoridades de Gaza controlada pelo Hamas, num mês de guerra, já terão morrido cerca de 10 mil civis.
No ataque do Hamas há um mês morreram cerca de 1.400 pessoas. Há cerca de 240 reféns.