O vice-presidente da Associação das Unidades de Saúde Familiar, Diogo Urjais, considera que a falta de uma aposta clara nos recursos humanos é o fator que impede que se resolva o problema da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em entrevista à Renascença, Diogo Urjais reagiu às declarações do ministro Manuel Pizarro, que admitiu que a falta de médicos é um problema que se irá manter durante dois a três anos.
O dirigente assume não ficar surpreendido porque os últimos anos foram marcados pela reforma de muitos médicos de família e não há medidas para fixar os clínicos mais jovens.
“Isso seria e será uma verdade pura e dura de se ouvir se não forem tomadas medidas concretas de uma aposta clara e uma politica concreta dos recursos humanos", aponta.
Diogo Urjais diz que "2021, 2022 e 2023 serão anos em que haverão muitas reformas dos médicos de família, médicos especialistas de medicina geral e familiar e, infelizmente, não têm sido tomadas medidas concretas para conseguirmos captar e fixar os jovens médicos no SNS."
"Este desfasamento entre de saídas e entradas que leva a um número maior de utentes sem médicos de família e vai demorar mais anos a resolver", remata Diogo Urjais.