Um júri norte-americano pediu esta terça-feira prisão perpétua para o supremacista branco responsável por um mortífero ataque em Charlottesville, no estado de Virginia, em agosto de 2017.
James Fields, 21 anos, foi declarado culpado de homicídio premeditado e de outros nove crimes pelos acontecimentos de 12 de agosto do ano passado, quando, durante um protesto racista em que participava, pegou num carro e o conduziu direito a uma contramanifestação de pacifistas que decorria no mesmo local.
O ataque resultou na morte de Heather Heyer, uma mulher de 32 anos que participava nesse contraprotesto, a par de 19 feridos.
Na segunda-feira, a mãe da vítima, Susan Bro, descreveu em tribunal como Fields "tentou silenciar" a sua filha, sublinhando que a mensagem de tolerância que Heather defendia continuará viva depois da sua morte.
O juiz a cargo do processo, Richard Moore, diz que vai analisar a recomendação feita pelos jurados e anunciar a sua decisão numa audiência marcada para 29 de março. A par da pena de prisão perpétua, o júri recomendou que o atacante deve ser ainda condenado a um total de 419 anos de prisão efetiva pelos restantes crimes de que é acusado.