A antiga ministra da Saúde Ana Jorge tomou posse esta terça-feira como nova provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, indicando que há que encontrar “novas formas de obter receita” para garantir a sustentabilidade da instituição.
“Não podemos continuar na senda de que a Santa Casa sempre teve altos e baixos e sempre os ultrapassou. Isso é verdade, mas hoje é importante realçar que a sustentabilidade é um problema maior”, disse Ana Jorge, indicando que a instituição de caridade e assistência social é “demasiado importante” para o dia a dia de milhares de pessoas.
No seu primeiro discurso, a responsável prometeu "arrumar" a Santa Casa, que inclui resolver o problema do Hospital da Cruz Vermelha, adquirido há três anos e que tem vindo a acumular prejuízos - registou perdas de 7,3 milhões de euros em 2020, 6,7 milhões em 2021 e 3,16 milhões no primeiro semestre de 2022.
Para a antiga ministra da Saúde, aquela unidade hospitalar é importante para o sector social, indicando que está a ser feita a avaliação económico-financeira do hospital para que possa ser vendido.
“Sei que é demasiado importante na área do setor social, vamos refletir sobre o assunto. Se for para vender, é melhor. Se for continuar, também é melhor”, defendeu.