Um jovem ativista pelo clima ficou esta sexta-feira ferido na cabeça e três foram detidos pela PSP durante um protesto em Lisboa.
Cerca de 50 jovens ativistas concentraram-se cerca das 11h30 no Largo Camões, tendo desfilado pouco depois em direção ao Ministério do Ambiente, mas a marcha foi momentaneamente interrompida quando a polícia revistou três manifestantes aos quais apreendeu dois "engenhos pirotécnicos" e um saco com tintas.
O desfile prosseguiu com palavras de ordem contra a exploração de energia fóssil e, ao subirem a Rua do Século, já próximo ao Ministério Ambiente, os manifestantes conseguiram libertar fumos nas cores de vermelho, verde e negro de engenhos semelhantes aos apreendidos pela PSP.
Os manifestantes tentaram derrubar a barreira policial colocada junto ao Ministério do Ambiente, o que gerou alguns momentos de tensão e levou às três detenções.
Por volta das 12h00, um agente da PSP avisou o comando que se a situação se mantivesse "teria de usar outro tipo de força", tendo poucos minutos depois chegado um núcleo da Equipa de Prevenção e Reação Imediata (EPRI).
Em declarações à Lusa, Beatriz Xavier, porta-voz do movimento fim ao fóssil, disse que são necessárias "ações disruptivas" para fazer mudar o sistema.
Os ativistas têm realizado manifestações e ações para reivindicar o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno em que o gás fóssil é utilizado em Portugal. Para o dia de hoje, o estudantes pretendiam "ocupar" o Ministério do Ambiente, numa ação a que chamaram "visita de estudo".
[notícia atualizada às 14h50]