Estamos a chegar àquela semana do mês de agosto em que há mais movimento nas estradas portuguesas.
Fim de férias para uns, início do merecido descanso para outros.
Em qualquer dos casos, seja para ir de férias seja para regressar a casa, é fundamental ter combustível no carro.
Só que o país já não pensa noutra coisa: como é que vamos viver se houver greve dos motoristas?
Ai, que vai faltar combustível nas bombas! Ai, que a comida vai desaparecer das prateleiras dos supermercados!
Calma... Não é preciso sofrer por antecipação.
É claro que uma greve traz sempre as suas complicações e, quando estamos de férias, o que queremos mesmo é não ter preocupações com o que quer que seja. Só precisamos de ter o protetor solar à mão - quer dizer, se não estiver de chuva... Até nisso o verão anda estranho.
Mas eu, que ainda não fui de férias, ainda tenho a esperança de que o sol e o calor hão de aparecer para alegrar os nossos dias, para que o verão seja verão de facto.
Já abasteceu o carro? Já lhe disse que não quero ser alarmista, mas, se nada mudar durante o fim de semana, vamos ter uma greve de motoristas e, passadas 72 horas, pode ser mais difícil abastecer o carro, mas não impossível.
Aliás, se tiver à mão a lista interativa que está no site da Renascença, vai ter uma grande ajuda.
Ou seja, não pense muito no assunto. Mais vale estar prevenido, mas não é preciso ir a correr rápido e em força para o posto de abastecimento mais próximo.
Já viu o que era se toda a gente que está à escuta da rádio, neste exato momento, parasse tudo o que está a fazer e fosse atestar o depósito? Iríamos ter filas intermináveis, ansiedade crescente, altercações entre automobilistas porque aquele senhor passou à minha frente na fila e, o pior de todos os cenários, chegar a sua vez e colocarem-lhe à frente dos olhos aquele letreiro: COMBUSTIVEL ESGOTADO... Ninguém merece.
Mas, também, ninguém precisa. Não há necessidade. Mais vale estar tranquilo ou tranquila.
O combustível não vai faltar.
Agora, para se fazer à estrada, precisa - e muito - de ter os pneus em condições.
E a sua segurança e a da sua família que está em causa.
Por isso, já viu a pressão dos pneus?
Se ainda não tratou disso, vá lá à sua oficina de confiança, perca 5 minutos do seu tempo e ganhe segurança para a sua viagem. É um slogan interessante, já agora, à atenção dos senhores da Prevenção Rodoviária. Se quiserem usar, já sabem para onde devem enviar os créditos pelos direitos de autor.
Agora, os números. Números e letras, afinal, eles precisam de estar casados para se contar uma história.
Sabia que os pneus da sua viatura têm um índice que lhe diz qual a velocidade máxima para a qual esse pneu em particular foi legalmente aprovado?
Assim fica com a certeza de que o pneu que é seguro para a velocidade do carro onde é colocado.
Sim senhor, muito bem. É aí que o meu caro ouvinte pergunta 'então, mas onde é que eu encontro o tal do índice?'
Olhe para o pneu. O índice de velocidade é uma letrinha gravada na parede lateral do pneu, ao lado do índice de carga.
Por exemplo, se vir um L, isso significa que o seu carro pode circular com segurança até aos 120 quilómetros por hora. Se for um M, pode ir até aos 130. P, 150 quilómetros por hora e por aí adiante até ao Y. Os pneus com índice de velocidade Y podem circular em segurança a uma velocidade superior a 300 quilómetros por hora.
Mas, das duas uma. Ou desafia os senhores da GNR a passarem-lhe uma multa daquelas e perde uns pontos valentes na carta, ou, então, desafia as leis da Física e sujeita-se a um acidente que nem é bom.
Por isso, cumpra os limites de velocidade, abasteça o carro e não se preocupe com a greve.
Boas férias ou bom regresso ao trabalho, conforme o aplicável.
Ah! E não se esqueça de verificar os pneus.