Um bombeiro sofreu hoje queimaduras nos membros inferiores no incêndio que lavra desde sábado na Serra da Estrela.
A informação foi avançada em conferência de imprensa pelo comandante Elísio Ferreira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Por precaução evacuação de um parque de campismo no concelho de Manteigas, adiantou a mesma fonte.
O incêndio chegou esta quarta-feira à Guarda e lavra em quatro municípios.
“Esperamos mais uma noite que se prevê de intenso trabalho. Vamos ter o reforço de mais meios que se dirigem de vários pontos do país”, afirmou o comandante Elísio Ferreira.
"A situação do incêndio mantém-se complicada e difícil. Neste momento, o incêndio desenvolve-se em quatro municípios, sendo que a Covilhã é o mais sossegado. Está em consolidação e rescaldo. Manteigas, Guarda e Gouveia são os que preocupam mais neste momento”, sublinhou Elísio Oliveira, referindo que existe uma extensa frente em direção a Folgosinho e que esta obriga ao reposicionamento dos meios.
Na conferência de imprensa, o comandante disse que estiveram no combate os meios aéreos disponíveis.
“Gostaríamos de ter muito mais. Os Canadair estiveram inoperacionais durante todo o dia”, salientou.
Questionado sobre esta ausência, Elísio Oliveira explicou aos jornalistas que essa ausência se ficou a dever a “problemas técnicos”, que não permitiram a sua presença no teatro de operações.
Este responsável está preocupado com a frente em direção a Folgosinho (concelho de Gouveia): “É a mais preocupante, mas a rotação do vento pode fazê-lo entrar novamente no concelho da Covilhã”.
Para as próximas horas e noite, o trabalho será desenvolvido desde Manteigas e Vale da Amoreira em direção a Folgosinho. Os esforços vão ser concentrados durante toda a noite, não esquecendo os flancos. O objetivo é tentar evitar que, por qualquer motivo, aquilo que é o flanco se torne numa frente de fogo”, concluiu.
Para já, o perímetro do fogo atingiu cerca de 25 quilómetros.
O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, diz à Renascença que se as chamas não forem dominadas nas próximas horas poderão colocar em risco várias aldeias.
O autarca diz que o fogo está "muito longe de estar controlado" e revela que já pediu um reforço de meios.