A procuradoria belga anunciou que foram realizadas sete novas operações de combate ao terrorismo e detidas mais cinco pessoas, na região de Bruxelas e em Liége.
"No quadro da operação desencadeada ontem [domingo] à noite, cinco operações suplementares foram efectuadas esta manhã na região de Bruxelas e outras duas na de Liége [na fronteira com a Alemanha]. Cinco pessoas ficaram privadas de liberdade", segundo um comunicado da procuradoria federal, o que eleva para 21 o número de detidos.
Já o ministro da Administração Interna, Jan Jambon, garantiu, em entrevista a uma rádio belga, que as investigações continuam em busca de presumíveis terroristas, entre os quais Salah Abdeslam, suspeito de ligações aos atentados de 13 de Novembro em Paris.
"É evidente que a acção ainda não terminou", disse o ministro, adiantando que "a vida tem que continuar", apesar de a capital belga estar paralisada há três dias em estado de alerta máximo antiterrorista.
O ministro apelou à população para que mantenha, no possível, as suas rotinas: "A vida quotidiana deve continuar", considerou.
O ministro escusou-se a adiantar pormenores sobre as operações policiais que têm tido lugar nos últimos dias. "É difícil dar detalhes sobre o inquérito, nesta fase, é demasiado sensível e a última coisa que queremos é perturbar o inquérito", salientou, escusando-se a comentar notícias sobre a eventual fuga de Addeslam para a Alemanha.
Bruxelas acordou esta segunda-feira pelo terceiro dia consecutivo em alerta máximo devido a um "risco iminente" de ataques terroristas, com as instituições europeias a funcionarem a "meio gás" e rodeadas de altas medidas de segurança, numa cidade parcialmente paralisada.
No domingo, as autoridades belgas decidiram manter para esta segunda-feira o nível de alerta máximo instaurado na madrugada de sábado na região de Bruxelas, por considerarem que subsiste uma "ameaça séria e iminente" de atentados, pelo que todas as linhas de metro estão encerradas e as escolas fechadas, algo inédito na história do país.
A capital da União Europeia e sede da NATO permanece em "estado de sítio", fortemente vigiada por polícias e militares.