Dezenas de profissionais de saúde juntaram-se numa campanha contra a legalização dizendo “Não contem comigo”.
A campanha surge numa altura em que o Parlamento está em vias de aprovar a legalização da eutanásia através de votação em plenário, enviando assim o diploma para Belém, onde Marcelo Rebelo de Sousa, já reeleito Presidente da República, terá de decidir como prosseguir, podendo promulgar a lei, enviá-la para o Tribunal Constitucional ou vetá-la.
A lei da eutanásia prevê o envolvimento de médicos no ato de matar os doentes que se encontrem em “sofrimento incomportável”, apesar de a Ordem dos Médicos já ter dito que não quer ter qualquer envolvimento no processo.
Por isso, dezenas de profissionais de saúde juntaram-se à campanha da organização Stop Eutanásia para dizer “não contem comigo”.
“O Stop Eutanásia fortemente aliado a estes ‘combatentes’ pela vida, profissionais de saúde de âmbito alargado, médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, incluindo cuidadores, dá corpo a esta iniciativa através de uma Campanha de Comunicação nas redes sociais”, diz a organização.
“Pretende-se uma vez mais fazer chegar a mensagem de quem cuida dos portugueses a quem decide na casa da lei, determinando a forma como a nossa sociedade irá olhar para os que mais precisam de ajuda.”
“Em pleno contexto pandémico, com novos máximos diários de vítimas e novas infeções, com o SNS em colapso a nível nacional, os ‘heróis da linha da frente’ exaustos e já a operarem em condições limite, não hesitam em reafirmar pessoalmente que estão e estarão ao lado dos mais frágeis e dependentes dos seus cuidados”, conclui o comunicado do Stop Eutanásia.