O antigo deputado do CDS Hélder Amaral assume preocupação com o estado atual do partido que "está transformado num partido de exclusão e pequena criminalidade".
"O partido só faz sentido se for útil ao país. Se não for útil ao país e for apenas útil a uma ideologia mais conservadora e radical de um pequeno grupo, transforma-se numa associação cultural e recreativa", critica, ouvido pela Renascença.
"Vejo militantes a ser filiados já depois de fechados os cadernos eleitorais, a distrital não tem acesso aos cadernos eleitorais", exemplifica como exemplos de procedimentos ilegais do partido.
Hélder Amaral lamenta que a direção de Francisco Rodrigues dos Santos sinta "regozijo", pela saída de "alguns dos nossos melhores" militantes.
"É a destruição do CDS", considera.
Apesar da saída de vários elementos do partido, o antigo deputado centrista diz que, por agora, ainda não é tempo de decidir se também deve abandonar o CDS.
"Acredito que o bom senso possa imperar, que ainda é possível recuperar o partido. Se eu continuar a entender que o partido continua a morrer, não fico num partido a sofrer. Mas ainda não é tempo para isso", considera.
Hélder Amaral elogia ainda Nuno Melo por "sempre se ter preocupado com partido", mas, neste momento, tem de aguardar por um sinal da direção de abertura ao diálogo.