"É facílimo identificar os agressores". Encarnação pede ação rápida da direção do FC Porto
14-11-2023 - 17:50
 • Rui Viegas

Comentador e sócio do FC Porto acredita que direção pode "mostrar uma prova evidente que não tem uma guarda pretoriana consigo."

Nuno Encarnação, adepto e comentador do FC Porto, exige coragem à direção do FC Porto para castigar rapidamente os agressores da Assembleia Geral da noite de segunda-feira e para que estes não estejam presentes quando a mesma for retomada, no dia 20 de novembro.

A direção dos dragões anunciou que iria identificar os envolvidos e lamentou os incidentes "condenáveis e que mancham uma história centenária de cultura democrática".

Encarnação afirma, à Renascença, que caso o clube queira, será fácil levá-los à justiça: "Se a administração diz que pretende identificar os agressores, que o faça de imediato, que torne público quem são e que as autoridades não os deixem entrar na próxima AG".

Para o comentador, identificar os agressores "é facílimo de fazer com as câmaras e os vídeos que estão espalhados pela internet. Não tenho dúvida que o clube, se quiser, pode entregar os indivíduos às autoridades."

André Villas-Boas, provável candidato às eleições do Porto, pediu ao Ministério Público para investigar os incidentes e lamentou que "os órgãos sociais tenham assistido impávidos e serenos a agressões e intimidações múltiplas de uma guarda pretoriana".

Para Nuno Encarnação, não há espaço para tolerância, mas há espaço para a direção provar algo: "Os agressores não podem continuar a frequentar os espaços do FC Porto. A direção tem de mostrar uma prova evidente que não tem essa alegada guarda pretoriana consigo."

O clube assegurou ainda, na mesma nota, que vai auxiliar a Mesa da Assembleia Geral na melhoria das condições de segurança que permitam que a reunião de sócios continue na próxima segunda-feira.

Nuno Encarnação não entende o argumento de que, por se tratar de um evento privado, a polícia tenha ficado de fora: "Podem haver murros, socos e mortes e a polícia não pode intervir só por ser um evento privado? Onde é que chegamos?", questiona, antes de concluir.

"A Mesa da AG obviamente que tinha de chamar as autoridades e suspender de imediato a AG", termina.

Contactado por Bola Branca, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Pinto, recusa dar qualquer satisfação.