A Rua da Prata não volta a receber automóveis. Depois das obras forçadas provocadas por um abatimento, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu que a via vai deixar de ter carros a circular e passar a ser exclusiva para peões e bicicletas.
Nesta paralela à Rua Augusta (que liga o Rossio ao Terreiro do Paço), vão continuar a circular elétricos, mas a aposta é na "mobilidade suave", explica o vice-presidente da autarquia lisboeta, Filipe Anacoreta Correia.
"Quisemos aproveitar esta circunstância", diz o "vice" de Carlos Moedas, que detém o pelouro da mobilidade, adiantando que as obras para reabilitar a Rua da Prata devem estar concluídas antes do final do ano.
O pavimento vai ser adaptado às bicicletas e a Câmara garante que a solução "não foi imposta", e que foi "dialogada" com os atores, leia-se, comerciantes desta rua.
"As soluções não são impostas. São testadas e dialogadas. Vamos ver como é que todos os atores reagem e qual é o resultado, mas a nossa expectativa é ter esta ligação ao rio reforçada", assegurou Anacoreta Correia à margem do lançamento do BICI - Bloomberg Initiative for Cycling Infrastructure, promovido pela Bloomberg, no âmbito da semana europeia da mobilidade.