O Orçamento do Estado, que foi aprovado esta semana no Parlamento, é positivo porque altera o rumo da austeridade. Avaliação é feita pelo secretário-geral UGT.
“Esta proposta reflecte uma opção política que, mantendo o combate ao défice como elemento central, pretende introduzir uma componente social na estratégia governativa, facto que a UGT não pode deixar de sublinhar como factor positivo, alterando claramente a política de austeridade e dando os primeiros passos para a reversão dessas políticas”, afirma Carlos Silva.
A central sindical considera, no entanto, que o primeiro esboço estava mais de acordo com as suas reivindicações, apesar do actual documento também apostar na componente social.
O Orçamento aprovado terça-feira, na generalidade, tem medidas positivas, como a reposição de salários na Função Pública, mas outras ficam para discutir na legislatura, sublinha o secretário-geral da UGT.
Carlos Silva apela ao Governo que recue na “proibição das valorizações remuneratórias, a redução do trabalho suplementar que se mantém aos níveis anteriores”.
“Percebemos os constrangimentos financeiros e os compromissos internacionais, mas há questões de justiça social que, embora não consigam ser implementadas no início deste ano, pouco mais de três meses depois de o Governo tomar posse, mas há uma legislatura e, confiando que será possível manter este acordo no Parlamento durante toda a legislatura, então certamente um conjunto destas medidas será revertido”, acredita o líder da UGT.