Quase 400 mil euros já foram doados à família da pequena Matilde, de apenas dois meses, que sofre de atrofia muscular espinal. A campanha foi lançada para ajudar a comprar um medicamento que pode ser eficaz, mas só existe nos Estados Unidos e custa quase dois milhões de euros.
Através da página do Facebook, a mãe da criança agradeceu a solidariedade e revelou a conta tem 394.833€. “Caminhamos milhões de passos cada vez mais perto do sonho de ver a nossa bebé correr, saltar, crescer saudável sem depender de máquinas para viver”, pode ler-se.
Entre os milhares de comentários, contam-se os donativos de graúdos e miúdos, com pais orgulhosos a partilhar imagens das contribuições dos pequenos filhos, que decidiram abrir o mealheiro para contribuir para a causa da bebé Matilde.
Em declarações à Renascença, a presidente da sub-especialidade de Neuropediatria da Ordem dos Médicos, reconhece tratar-se de um produto promissor. “Não podemos dizer que é uma cura. Ninguém ousa dizer isso, mas é muito promissor e certamente vai melhorar e muito a qualidade de vida das crianças”, admite Manuela Almeida Santos.
Atualmente, em Portugal, apenas há um medicamento comparticipado a 100% pelo Estado para estes casos, mas que apenas permite retardar - e de forma limitada - a evolução da doença.
Manuela Almeida Santos espera ainda que este ano seja possível que o novo fármaco para a atrofia muscular espinal chegue à Europa, mas admite que no caso de Matilde o tempo escasseia, porque é um medicamento que tem de ser aplicado nos primeiros meses de vida.
“O outro medicamento (que já existe em Portugal) tem também de começar antes dos seis meses. Às vezes começamos depois, mas não é tão bom como quando começamos mais cedo, ou seja, se começarmos aos três meses melhor… isto é uma contagem de tempo”, explica.
Quem quiser ajudar pode contribuir para a conta PT50 0035 0685 00008068 130 56.