O primeiro-ministro confirmou, esta quinta-feira, que não haverá público nos Grandes Prémios de Portugal de Fórmula 1 e MotoGP e que os estádios de futebol continuarão sem adeptos.
"Não há eventos com público porque eventos com público são um risco acrescido de juntar pessoas e, juntando pessoas, há risco acrescido de transmissão da doença [Covid-19]. Isso tem de ser evitado e vamos continuar a evitar", declarou António Costa, na conferência de imprensa de divulgação das medidas da segunda fase de desconfinamento.
De acordo com o jornal "Expresso", o Governo pretende manter os adeptos afastados dos recintos desportivos até ao final do processo de desconfinamento. Contudo, em declarações à Renascença, a 19 de março, o presidente da Federação Portuguesa de Motociclismo expressou esperança de ainda poder receber público no Grande Prémio de Portugal.
"Tínhamos e temos essa expetativa [de ter público]. Naturalmente que vamos cumprir as orientações da DGS e das entidades competentes. Já não é uma decisão da minha competência. Terão de ser as entidades sanitárias a definir. Agora, se considerarmos a lotação do autódromo de Portimão, naturalmente que o que não falta é espaço ao ar livre para podermos ter determinado números de espetadores, que terá de ser definido pelas autoridades competentes", vincou Manuel Marinheiro.
Esperança agora dissipada por António Costa, que deixou claro que não haverá público nos Grandes Prémios de Portugal de F1 e MotoGP.
Futebol sem adeptos até maio
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional admitiu, em março, esperar que os adeptos pudessem regressar às bancadas a 19 de abril, face à possibilidade de realização de "eventos exteriores com lotação reduzida", assim como "a reabertura das salas de espetáculos".
No entanto, as declarações desta quinta-feira do primeiro-ministro contrariam Pedro Proença. O futebol só deverá mesmo voltar a ter público a partir do dia 3 de maio, quando passam a ser permitidos "grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação".
Os adeptos têm estado longe das bancadas desde março de 2020, quando foi suspenso todo o desporto em Portugal, incluindo futebol, e entrou em vigor o primeiro estado de emergência. Em outubro, houve três jogos-piloto e dois desafios da seleção portuguesa de futebol com presença de adeptos, como teste, e o FC Porto recebeu público num encontro da Liga dos Campeões. Porém, a segunda vaga da pandemia do novo coronavírus deitou quaisquer planos de retoma da assistência ao vivo por terra.
[notícia atualizada]