Numa entrevista ao “Jornal de Negócios”, Vera Jourová considera que o país “fez um progresso incrível” e que as sanções de Bruxelas podem empurrar Portugal para problemas mais profundos.
Numa citação que pode ser vista como uma crítica à complexa teia institucional de Bruxelas, a Comissária para a Justiça lembra que “não podemos ser máquinas tecnocráticas e burocráticas que não vêem ou não querem ver as circunstâncias mais alargadas”
Ainda sobre as sanções por défices excessivos, o “Público” escreve que “Bruxelas não está preocupada com críticas”. Em causa as pressões feitas, nomeadamente pelo ministro alemão das Finanças, para que não seja adiada a aplicação de sanções a Portugal e Espanha.
A Comissão Europeia assegura que aplicou as regras quando decidiu adiar a decisão para Julho, isso mesmo foi dito pela porta-voz da Comissão para os Assuntos Económicos.
Ainda nas páginas do “Público”, “G7 dividido entre o fantasma da crise de 2008 e o optimismo moderado”. Reunidos no Japão, os líderes das maiores economias do mundo abordaram o prolongamento das sanções económicas e diplomáticas à Rússia, que duram há quase dois anos. O jornal faz contas aos prejuízos: as vendas agrícolas da União Europeia para a Rússia caíram 2.200 milhões de euros.
Lá por fora, o G7 concentra as atenções das principais manchetes mas por outros motivos. O “Financial Times” titula “Brexit constitui uma séria ameaça ao crescimento global”. Líderes mundiais prometem medidas para impulsionar a economia, mas estão divididos quanto às medidas de estímulo ao crescimento.
Na agência EFE, “União Europeia e Japão aceleram negociações para um acordo de livre comércio”. Numa declaração conjunta após a cimeira do G7, os líderes europeus e o Presidente japonês pediram aos negociadores de ambos os lados para que cheguem a um entendimento ainda este ano.
A terminar, um artigo de opinião que apela ao fim da incerteza na Grécia. Nikos Konstandaras, editor do jornal “Kathimerini”, fala do imenso desconhecido a que é urgente pôr termo: o acordo da passada terça-feira com o Eurogrupo não é claro quanto àquilo que os gregos poderão perder em troca de mais 10,3 mil milhões de euros. Quanto sobem os impostos? Que valores de prosperidade é que estão em risco? O colunista responde que os gregos – sejam pensionistas, assalariados, empresários, ou até desempregados – querem saber qual o verdadeiro estado das finanças do país, e que caminho seguir daqui em diante.