O secretário-geral do PSD diz que é ele próprio que quer que a Procuradoria-Geral da República investigue o caso do alegado registo das suas presenças no Parlamento por terceiros.
Numa conferência de imprensa na Assembleia da República esta quinta-feira, na qual se recusou a responder a perguntas, o deputado social-democrata saudou a iniciativa da Procuradoria-Geral da República de investigar o caso.
"Quem não deve, não teme, ou melhor, nos tempos de hoje deve ser dito não devia temer. Sou um homem honrado", afirmou, sem, contudo, explicar como é que a sua presença foi registada em plenário nos dias em que esteve ausente.
Aos jornalistas, José Silvano garantiu que não pediu a ninguém para registar a sua presença. “Não registei a minha presença, não mandei registar, não auferi qualquer vantagem”, disse.
Em causa está o facto de ter validado presenças no plenário nos dias 18 e 24 de outubro quando na verdade se encontrava ausente das sessões.
No sábado, o semanário Expresso noticiou que não foi registada qualquer falta de José Silvano em qualquer das 13 reuniões plenárias realizadas em outubro, apesar de em pelo menos um dos dias ter estado ausente.
Conforme o próprio admitiu ao Expresso, na tarde de 18 de outubro esteve no distrito de Vila Real ao lado de Rui Rio, líder do partido, cumprindo um programa de reuniões que teve início às 15h30.
Apesar disso, alguém registou a presença do secretário-geral social-democrata logo no início da sessão plenária, quando passavam poucos minutos das 15h00.