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A Linha de Apoio Psicológico SOS Covid-19, que assinala esta quinta-feira um ano, atendeu 105 pessoas, nomeadamente da academia minhota e da sociedade civil em Braga e Guimarães.
De acordo com o comunicado da Universidade do Minho (UMinho), a maioria dos atendimentos ocorreu entre março e maio de 2020 e 74% das solicitações incidiram em dificuldades/preocupações pessoais e familiares, 9% em contextos académicos, enquanto os pedidos de informação ou outros assuntos se situaram nos 15%.
Ainda de acordo com o comunicado, a “intervenção psicológica respondeu a necessidades de estabilização emocional (66%), compreensão e organização da nova experiência (20%), questões académicas (8%) e encaminhamento para serviços especializados (7%)”.
“Quase um terço dos pedidos motivou um contacto para monitorizar o bem-estar e a estabilidade emocional do/a utente. Os utentes atendidos são da academia e da sociedade civil”, especifica o comunicado.
De acordo com a coordenadora da unidade de intervenção da APsi e professora da Escola de Psicologia da UMinho, Eugénia Ribeiro, em cenário pandémico invulgar de alteração das rotinas e do confinamento dos espaços físicos e relacionais, “em que a perceção de segurança pessoal, a diferentes níveis, pode estar ameaçada em algum momento, as respostas de instabilidade emocional e comportamental são normais, mas podem ser difíceis de aceitar e de regular”.
Neste contexto, os profissionais da linha SOS Covid-19 ajudaram a “identificar e suportar recursos adequados para as pessoas lidarem com situações de sofrimento na fase atual. Por outro lado, facilitaram o autocuidado e orientaram os utentes para estruturas de apoio mais adequadas para determinados problemas”, observa, agradecendo “todo o trabalho dos colaboradores e toda a confiança dos utentes que recorreram a esta linha”.
A linha tem o número gratuito 253144420 e contou com a colaboração de 41 especialistas das Escolas de Psicologia e Medicina da UMinho e do Centro de Medicina Digital P5 para apoiar a saúde mental dos cidadãos na pandemia. A iniciativa conta com a parceria dos municípios de Braga e Guimarães e da Altice.
O modelo de intervenção em crise desta Linha SOS foi alvo de um artigo científico na revista internacional “Counselling Psychology and Quartely”.