O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que o veto do Orçamento do Estado para 2022 teria "um custo enorme" para o país, dando a entender que o deverá promulgar depois de chegar ao Palácio de Belém.
“Compreendendo que há coisas que têm de ser repensadas e revistas no futuro, o custo para os portugueses e para Portugal de estar a mandar para trás a lei do orçamento, estando nós tão perto como estamos do próximo orçamento, é um custo enorme”, assinalou Marcelo Rebelo de Sousa no final de uma visita ao Instituto Politécnico do Cávado e Ave, em Barcelos, distrito de Braga.
O chefe de Estado afirmou, contudo, que só tomará a decisão depois de receber o diploma aprovado pelo parlamento no Palácio de Belém.
As declarações surgem um dia depois de o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, ter pedido ao chefe de Estado, no decorrer de uma audiência em Belém, para não promulgar o Orçamento de Estado de 2022 para que seja revista a rubrica da descentralização de competências referente à Educação.
A este propósito, o Presidente antecipou que deverá enviar dentro de dias “uma mensagem à Assembleia da República para sugerir ou solicitar um debate alargado sobre a descentralização”.