Mais de um milhão de britânicos assinam petição contra visita de Trump
30-01-2017 - 09:18

Estão também agendadas manifestações, numa clara pressão para que a primeira-ministra, Theresa May, cancele a visita do Presidente dos Estados Unidos.

A petição que corre no Reino Unido para pedir ao Governo que retire o carácter oficial do convite feito ao Presidente dos Estados Unidos para visitar o país, já ultrapassou um milhão de assinaturas.

Os signatários, que lembra a "bem documentada misoginia e vulgaridade" de Donald Trump, não querem proibir a sua entrada, mas evitar que seja recebido pela Rainha – algo que acontece sempre que se trata de uma visita de Estado. “Trump deve poder entrar no Reino Unido na sua qualidade de líder do governo americano, mas não deve ser convidado para fazer uma visita oficial porque isso constrangedor para Sua Majestade a Rainha", lê-se na petição.

Em causa está a proibição que o recém-empossado Presidente norte-americano decretou contra a entrada no país de cidadãos de vários países.

Além da petição, estão previstas manifestações para esta segunda-feira nas ruas de Londres, Manchester, Bristol, Brighton, Liverpool, Glasgow, Edimburgo, Cardiff e Swansea, a partir das 18h00.

Na sexta-feira, Donald Trump suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por pelo menos 120 dias e impôs um controlo a viajantes oriundos do Irão, do Iraque, da Líbia, da Somália, da Síria e do Iémen durante três meses.

Quem tenha autorização de residência permanente “não será afectado”, esclareceu o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus.

No domingo, e face à vaga de contestação em todo o mundo, o Presidente norte-americano veio justificar que a sua ordem executiva não era um veto a muçulmanos e que “os Estados Unidos da América são um país orgulhoso de imigrantes”.

Trump lembrou ainda que a decisão deixou de fora mais de 40 países muçulmanos e que os sete afectados já constavam de uma lista elaborada pela anterior administração, liderada por Barack Obama.

No mesmo dia, Donald Trump escreveu no Twitter: