Centeno. Estabilidade económica também depende do sistema político
03-11-2021 - 10:50
 • Renascença com Lusa

O governador do Banco de Portugal sublinhou a importância de ter instituições fortes e de completar a união bancária.

O governador do Banco de Portugal lembra que a estabilidade económica do país também depende do funcionamento do sistema político.

“Se alguma coisa a história do Banco de Portugal nos ensina é que estabilidade económica e financeira é o resultado do complexo funcionamento dos nossos sistemas económicos, sociais e até políticos e culturais”, afirmou Mário Centeno na sessão solene comemorativa do 175.º aniversário do Banco de Portugal, em Lisboa.

O governador do Banco de Portugal fez uma intervenção centrada na história e no desenvolvimento do banco central, mas aproveitou para lembrou a importância da solidez das instituições. “A qualidade das instituições é determinante para a prosperidade das nações.”

Defendeu que ainda que “nas crises, devemos explicar, informar e contribuir para as soluções”.

Por isso, revelou que até 2025, o Banco de Portugal quer contribuir para a recuperação económica nacional, através de um aconselhamento fundamentado sobre o desenho de políticas públicas.

“Até 2025, é objetivo do Banco de Portugal contribuir para uma economia portuguesa recuperada, resiliente e convergente na Europa, no médio e longo prazo. Vamos fazê-lo através de uma análise económica oportuna e de qualidade e através de um aconselhamento fundamentado sobre o desenho de políticas públicas”, disse o responsável máximo do banco central.

“Vamos fazê-lo também ouvindo as pessoas e os nossos parceiros, nacionais e internacionais, adotando formas de comunicação que favoreçam a compreensão pública sobre o que fazemos e porquê.”

Na sua intervenção, que abriu a sessão, o antigo ministro das Finanças defendeu que na Zona Euro a prosperidade “depende de uma moeda única estável, merecedora da confiança dos cidadãos, e essa confiança tem de ser salvaguardada e promovida no dia a dia pelos […] bancos centrais”.

Este evento decorre no Museu do Dinheiro, em Lisboa, e conta com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, entre outros.