A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, afirmou esta quarta-feiraque o plano de contingência anunciado pela ministra da Saúde, Marta Temido, "não permite dar resposta aos problemas que o Serviço Nacional de Saúde enfrenta".
"Tirando a proposta de remuneração do trabalho realizado nos serviços de urgência que a senhora ministra anunciou que seria discutida com os sindicatos, todas as outras medidas que foram anunciadas são medidas a médio-longo prazo que não permitem dar uma resposta imediata", disse Paula Santos num vídeo, ao qual a agência Lusa teve acesso.
A dirigente comunista indicou que transferência de cuidados para os privados e para o setor social "causa grande preocupação".
"Se não forem tomadas medidas para contratar, fixar e criar condições para que os profissionais de saúde queiram trabalhar no Serviço Nacional de Saúde, a transferir cuidados para os grupos privados só irá reduzir ainda mais a capacidade do Serviço Nacional de Saúde", disse.
"Quando seria necessário tomar medidas para valorizar as condições de trabalho, por exemplo, implementar o regime de dedicação exclusiva, como o PCP propõe, alargar os incentivos para fixação de profissionais em zonas carenciadas, como propomos - e foi já agendado para discussão na Assembleia da República a nossa proposta -, o Governo sobre estas questões nada diz", acrescentou.