O director do Liceu Camões, em Lisboa, está preocupado com as condições da escola. O estabelecimento de ensino precisa de obras em vários sítios e aguarda desde o início de 2017 pelo projecto de recuperação da escola, sendo que até agora não existe sequer o documento.
“Há um compromisso do Governo relativamente a avançar com esta obra, mas a verdade, por questões administrativas e por questões que nós não entendemos, é que há esta demora”, disse à Renascença o director João Pires.
O director da escola antecipa um cenário difícil na escola. “É um inverno que está aí a aparecer e que nós vamos já ser confrontados com a chuva, baldes, frio. Mas a nossa maior preocupação é que se calhar ainda vamos ter outro inverno a seguir”, diz.
João Pires receia que a morosidade do processo atrase ainda mais as obras e que estas só arranquem em 2019.
“Gostaríamos que a Parque Escolar cumprisse com a calendarização que estava definida e tudo indica que se está a preparar para protelar e avançar no tempo. Provavelmente só para Agosto do próximo ano vai lançar um concurso para que em 2019 a escola esteja em obra”, antevê.
João Pires lamenta também que todas as partes envolvidas trabalhem a ritmos diferentes.
“Um secretário de estado das Finanças demorou cinco meses a assinar a portaria para adjudicar o projecto. Depois, a Parque Escolar chega e diz ‘está aqui o estudo prévio, dêem o vosso parecer’ e temos 48 horas para o dar. E depois desaparecem, só voltam daqui a seis meses com o projecto. Há dois ritmos, duas formas de estar”, remata.
Perante este cenário, o director da escola já pediu para ser recebido pelo ministro Ministério da Educação "para fazer um ponto de situação".