As taxas Euribor subiram a três meses para um novo máximo desde janeiro de 2009 e desceram a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.
A Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, recuou hoje, para 2,832%, menos 0,046 pontos e contra 2,878% na terça-feira, um máximo desde janeiro de 2009.
A média a seis meses subiu de 2,321% em novembro para 2,560% em dezembro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor também baixou, ao ser fixada em 3,311%, menos 0,028 pontos, contra 3,370% em 11 de janeiro, um máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 2,342%, mais 0,007 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,825% em novembro para 2,063% em dezembro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.