A ministra da Saúde explicou neste sábado por que razão existe uma divergência nos boletins divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) entre o número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e o número de testes positivos.
Marta Temido diz que o Ministério tem recebido várias perguntas sobre este assunto e avança que a divergência é natural e expectável.
A ministra recorda que o número de testes positivos abrange todos os testes feitos, incluindo os realizados ao mesmo doente, lembrando que uma pessoa tem de fazer dois ou mais testes para confirmar a infeção e depois para averiguar se já está curado.
“Cada caso confirmado pode corresponder a mais do que um teste positivo. Mais: o critério de cura é aferido pela realização de dois testes. Se uma pessoa for testada porque já não tem sintomas, mas demorar até ter o teste confirmar a cura, estes testes contam como positivos”, explicou.
Acresce que o Instituto Ricardo Jorge fez, no início da pandemia, e continua a fazer nalguns casos, vários testes de confirmação para garantir que todos os laboratórios estão a utilizar os mesmos métodos.
Em conclusão, Marta Temido voltou a sublinhar que “o número de casos confirmados corresponde ao número de doentes com teste positivo, mas um doente pode ter realizado vários testes com resultado positivo.”
Nas últimas 24 horas, a DGS contou mais 35 mortos por Covid-19 em Portugal, elevando o número total até aos 470 óbitos. Segundo a ministra da Saúde, a taxa de letalidade mantém-se nos 2,9%, subindo para os 10,6% para pessoas com mais de 70 anos.