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A secretária de Cultura do Brasil, Regina Duarte, demitiu-se esta quarta-feira, após uma reunião com o Presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
A saída da atriz foi já comentada por Jair Bolsonaro nas redes sociais: “Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias”, diz o Presidente brasileiro.
A notícia está em todos os jornais brasileiros. Regina Duarte tomou posse a 4 de março, e ficou pouco mais de dois meses à frente da Secretaria.
Durante esse tempo, foram muitas as polémicas em que se envolveu com atores e membros de outras classes artísticas.
O momento mais marcante do seu mandato foram as declarações que fez na CNN a 7 de maio, quando relativizou as mortes ocorridas durante a ditadura militar, recusou-se a ouvir uma pergunta e abandono o estúdio onde a entrevista decorria em direto.
Confrontada com a chuva de críticas de quem tem sido alvo, Regina Duarte, que já representou reconhecidos papéis em telenovelas brasileiras, explicou porque apoia o Governo de Jair Bolsonaro.
“Porque acredito que ele era, e continuar a ser, a melhor opção para o país. Mas dizem ele fez isto, ou aquilo. Eu não quero ficar a olhar para trás. Se não vou dar trombada. Posso cair no precipício, ali à frente. Tem de olhar para frente, ser construtivo e amar o país.”
É aqui que Regina Duarte afirma: “Ficar cobrando coisas que aconteceram nos anos 60, 70 ou 80, gente, vamos embora para a frente.” E desconversa, começando a cantar o hino da seleção brasileira na Copa do Mundo FIFA de 1970 que dizia: ““para frente Brasil, salve a seleção”.
O jornalista lembrou atriz que no período da ditadura “muita gente morreu”, ao que a responsável da Cultura do Brasil responde que “na Humanidade não pára de morrer gente. Se fala vida, do outro lado tem morte, porquê olhar para trás…porquê?”.