Os relatórios das autópsias confirmam que os dois comandos do curso 127.º morreram devido a golpes de calor, avança a RTP.
O Instituto de Medicina Legal tinha anunciado que o relatório da autópsia do jovem militar Dylan Silva foi enviado esta sexta-feira ao DIAP de Lisboa, um dia após a entrega do resultado da autópsia de Hugo Abreu ao Ministério Público.
As conclusões das autópsias são conhecidas no dia em que o Exército anunciou a abertura de um terceiro processo disciplinar a um oficial envolvido na instrução do 127.º curso.
Dois militares morreram na sequência do treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que decorreu no dia 4 de Setembro, e vários outros receberam assistência hospitalar.
No dia 20 de Outubro, o Exército já tinha anunciado que tinha aberto dois processos disciplinares por terem sido apurados "indícios da prática de infracção disciplinar" na sequência do processo de averiguações instaurado no âmbito do 127.º curso de Comandos.
No dia seguinte, questionado pela Lusa, o porta-voz do Exército, Vicente Pereira, confirmou que aqueles militares continuam a desempenhar as suas funções no 127.º curso, frisando que a suspensão de serviço é em si mesma "uma pena disciplinar passível de ser aplicada, nos termos do Regulamento de Disciplina Militar (RDM), no final do processo e em caso de acusação e condenação".
Além do processo de averiguações interno aberto pelo Exército as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.
Os dois enfermeiros militares ouvidos terça-feira, como arguidos, pelo Ministério Público, no inquérito à morte de dois alunos do curso de Comandos, ficaram com Termo de Identidade e Residência (TIR), anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR).