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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, referiu-se, esta segunda-feira, a André Ventura como “aprendiz de Bolsonaro”, acusando o líder do Chega de querer lançar suspeitas sobre as eleições.
Em declarações aos jornalistas durante uma viagem de ferry entre Setúbal e Troia, a líder bloquista disse que o país não precisa de “aprendizes de Bolsonaro a pôr em causa as eleições”.
“Portugal precisa de um debate democrático, claro e tranquilo e não destas suspeitas que são lançadas ao ar sem nenhuma razão, sem nenhuma justificação”, defendeu.
Em causa está um comentário de um militante do Bloco de Esquerda que, numa publicação no tweet, prometeu anular os votos da AD e do Chega.
O assunto foi trazido para a campanha, este domingo, pelo líder do partido de extrema-direita, mas a líder do Bloco de Esquerda desvalorizou garantindo que não passou de uma má piada.
“Houve um militante do BE que fez uma piada de mau gosto e é preciso dizê-lo”, reconheceu Mariana Mortágua explicando que o militante em causa “foi contatado imediatamente para apagar essa piada de mau gosto das redes sociais” e para pedir dispensa das suas mesas a sua participação nas mesas de voto, “coisa que já foi feito”, garantiu.
Sobre o lançamento de suspeitas nas eleições, Mariana Mortágua lembra que, em Portugal, poderá ser uma situação inédita, mas “infelizmente é o que vemos na extrema-direita, que não tem qualquer problema ou pudor em lançar suspeitas sobre processos democráticos. Dão-se mal com os processos democráticos”, apontando Bolsonaro e Trump como exemplos.
A líder do Bloco viajou esta segunda-feira de Setúbal a Troia para denunciar a “construção desenfreada” que está a dificultar o acesso da população às praias.
“Quando chegamos a Troia vemos que está inundada por construção. Uma parte dela do grupo Sonae que também é dona do ferry”, notou a bloquista lamentando que se trata de construção “que é para milionários e para turistas de luxo, mas não é para população”, rematou.