Israel pediu este domingo ao Egito, principal mediador entre os palestinianos e o Estado hebraico, ajuda nas negociações para a libertação dos israelitas raptados, como uma das condições para pôr fim ao conflito, disseram hoje à EFE fontes de segurança.
O Egito está em contacto desde sábado à noite com as partes israelita e palestiniana, bem como com os mediadores em Washington, Amã, Abu Dhabi e Riade, para parar a atual escalada, regressar à mesa de negociações e ouvir as condições de ambas as partes, segundo as fontes ouvidas pela agência Efe, que pediram anonimato.
As principais condições são "parar os ataques palestinianos e entregar todos os israelitas sequestrados e os corpos dos israelitas detidos pelo Hamas", segundo as fontes, que confirmam as informações relatadas pelo Wall Street Journal.
Observaram também que o grupo xiita libanês Hezbollah informou o Egito que iria lançar um ataque contra o território israelita, o que aconteceu hoje de manhã.
Esta ação fez com que o exército israelita bombardeasse o sul do Líbano, ferindo duas crianças.
O Exército israelita confirmou que alguns dos corpos de soldados e civis israelitas foram raptados em Gaza por militantes, enquanto um número desconhecido de reféns foi libertado em áreas que foram tomadas por islamitas em Israel.
Depois do ataque surpresa do Hamas -- grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia -- na manhã de sábado, a troca de tiros prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra 426 alvos no Hamas no enclave palestiniano.
Ao início da tarde, o balanço de mortos de um lado e outro do conflito foram atualizados. Neste momento, adianta o Guardian, está confirmada a morte de mais de 600 israelitas, incluindo 44 soldados, e de pelo menos 313 palestinianos, entre eles 20 crianças, em Gaza.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português adiantou entretanto que continua a não haver indicação de "portugueses diretamente afetados na sequência do ataque espoletado este sábado".
"Estão sinalizados cerca de 80 cidadãos nacionais, entre turistas e residentes, que contactaram o G abinete de Emergência Consular para assinalarem a sua presença no território, ou para solicitarem apoio na identificação de alternativas para a saída do país", adianta a diplomacia portuguesa.