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Simone Biles está de regresso à competição nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, para participar na final da trave.
"Estamos tão entusiasmados por confirmar que verão duas atletas norte-americanas na trave, amanhã [terça-feira] - Suni Lee e Simone Biles. Mal podemos esperar por ver-vos às duas", comunicou a Federação norte-americana de ginástica, esta segunda-feira, no Twitter.
Simone Biles desistira das finais de "all-around", por equipas e individual, de salto e de barras assimétricas, devido a problemas de saúde mental. A Federação tinha dito que a ginasta seria analisada dia a dia.
O dilema de Simone Biles
Simone Biles, de 24 anos, é considerada uma das melhores ginastas da história. Tem 25 medalhas em Mundiais, 19 delas de ouro, mais do que qualquer outra na história, e seis em Jogos Olímpicos, quatro de ouro.
No Japão, procurava tornar-se na primeira ginasta a revalidar o título olímpico no concurso completo em mais de 50 anos — ou seja, desde a checoslovaca Vera Caslavska (1968). Foi, contudo, traída pelos efeitos da pressão e aquilo que a treinadora norte-americana Christina Myers e a ginasta britânica Claudia Fragapane definiram como “twisties” à BBC.
Trata-se de um conflito interior comum na ginástica artística. “É um bloqueio mental que leva à perda do sentido de espaço e dimensão e consequente controlo do corpo, impedindo a segura receção no solo. Acontece quando o corpo e a mente desconectam”, explicou Myers.
A própria Simone Biles, em declarações ao programa "TODAY", da NBC, depois da desistência, afirmou que se sentia bem fisicamente, mas que “emocionalmente, varia com o tempo e o momento”.
“Vir para os Jogos Olímpicos e ser a principal estrela não é tarefa fácil”, explicou a ginasta norte-americana, após a final por equipas.